Mundo reage ao neoliberalismo

Experiência mostra que privatizações de serviços públicos só interessam
às multinacionais. Na Argentina, de la Rua toma posse prometendo rever processo


Eleito por uma coligação de partidos de esquerda contrários à privatização dos serviços públicos, o governador Anthony Garotinho, imitando FHC, "virou a casaca", e, se comportando como um autêntico neoliberal, anunciou que vai privatizar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá. Garotinho se esqueceu de que foi eleito por ser oposição a Marcello Alencar, que castigou o Estado do Rio com as privatizações da Cerj e da CEG. Hoje, a população não sabe a quem reclamar para resolver os impasses provocados pela ganância das concessionárias privadas, que colocam em risco a vida dos consumidores.

Os jornais vêm publicando o drama vivido por várias famílias obrigadas a deixar as suas casas devido a vazamentos de gás canalizado. A CEG diz que o problema não é seu. A agência reguladora não funciona e o governador ignora a questão, ao lado da companheira Benedita da Silva, do PT; do prefeito Luís Paulo Conde, do PFL; e do presidente da Alerj, Sérgio Cabral, do PMDB. Aliás, os rumores são de que Garotinho, que já foi do Partido Comunista e do Partido dos Trabalhadores, estaria pensando em trocar o PDT pelo PMDB, apesar de sua postura neoliberal. O jornal da Aseac fez uma retrospectiva dos seus 18 últimos números, nos quais o ainda candidato prometeu lutar até a sua última gota de sangue contra a privatização da Cedae.




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